Juízo pessoal

 Não era forte, nem poderia ser. Viu sua alma sendo sugada pela escuridão e sua mente se enchendo de loucuras. Qual a razão desta invasão repentina, tão violenta e invisível? Indefesa, via-se na fronteira entre a sanidade e um mundo perverso, repleto de insatisfações demoníacas. Aparentemente não havia contra-ataque que fosse forte suficientemente a ponto de bloqueá-la como uma parede de chumbo. A mente é algo totalmente penetrável e imprevisível e voltou-se à garota golpeando-a; expôs desejos pecaminosos como em um tribunal ao sagrado. A garota estava molhada de suor e lágrimas e gritava desesperadamente o quão inverdades eram aquelas acusações. Aquela escuridão ficou grudada em um pedaço de sua alma que retornara apesar de impura. Não se iluminou à sua volta e sua mente ficou presa em uma distorção do espaço-tempo. Talvez nem fosse a mesma pessoa.

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